Diário de viagem - Buenos Aires pt1

Como eu vim parar em Buenos Aires - Guia aleatório (JK)

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Fazem quase quatro meses que eu me mudei pra Buenos Aires, e tudo foi uma loucura.
Eu não sei bem como começar toda a história, 2018 que me deu um soco na cara e 2019 chacoalhou todo o que eu achei que havia se inquietado.
Vamos fazer um resumão de como eu vim parar aqui e como minha vida mudou nesses últimos meses, se liga nesse timelapse
Janeiro:
Consegui meu primeiro emprego no Brasil! Uhuuuul! Não ganhava muito né, era jovem-aprendiz-faz-tudo numa empresa na minha cidade e foi uma experiencia maluca mas muito maravilhosa
Março: 
Me afastei de pessoas que me importava muito e me aproximei de outras, foi uma época meio dolorida
Abril:
PASSEI NA FACULDADE DE LETRAS! VOU COMEÇAR EM MAIO/JUNHO
Maio:
Minha mãe: "já pensou em fazer medicina na argentina?"
Eu: "não"
Minha mãe: "quer tentar?"
Eu: "quero"
*intensa correria atrás de toda a papelada porque em pouco mais de 20 dias eu vazava*

Basicamente sai do emprego e faculdade que ia começar ainda, larguei minha vida toda "estável" na minha cidade onde vivi 18 anos da minha vida e me joguei de cabeça (literalmente) num país estrangeiro que eu cheguei falando "hola" e "perdón".
Acho que essa foi uma das coisas mais loucas que eu já fiz, e apesar de soar tudo tão rápido e sufocante de primeiro (que com certeza atacaria a minha ansiedade como um soco na boca), todos os documentos deram certo, tudo chegou como o combinado para a minha acessora e não precisei mudar o dia do voo nem nada (a gente comprou a passagem em promoção ainda).

Chegado aqui, conheci pessoas maravilhosas que rapidamente me apaixonei e me ajudaram muito. Pra vocês terem idéia, além de eu não saber falar uma frase completa em espanhol, eu não cozinhava NADA.
Sim, pois é, decisão de sumir da casa dos pais sem saber fazer um feijão sozinha.
Meus primeiros dias/semanas foi uma chuva de Subway e MCDonalds porque eu não sabia cozinhar e, por almoçar 11 horas onde eu trabalhava, sentia muita fome já que chegava em casa quase duas horas da tarde. E isso continuou até minha mãe ficar sabendo...
...e me ameaçar de vir me dar uns tapas aqui.
Ai eu pedi ajuda pros meus amigos lindos que me ajudaram a não ter um estômago todo cagado antes dos 30.
Apesar da pouca diferença de horário e da GIGANTE diferença de temperatura, me acostumei rápido (considera-se perder medo do metrô em um mês) ao estilo de vida diferente aqui e como uma """"independente""""".
Ter que levantar por si só porque você TEM que ir pra aula, não porque sua mãe vai te jogar um tijolo;
Ter que cozinhar e lavar pratos todas as vezes, eles não se lavam magicamente;
As roupas precisam ser lavadas, dobradas e guardadas (foda-se o ferro) e se você não lavar... Bom, sua mãe não vai te jogar o chinelo, mas você ou vai ficar fedendo a mendigo ou vai andar pelado.

Claro que depois que a gente sai um pouquinho das asas dos pais a gente ve o tanto que a gente é mimado mas, pra mim, é uma experiência boa saber me organizar nas minhas coisas sem ter outra pessoa gritando que você tem que fazer isso ou aquilo no tempo dela.
Mas é obvio que eu não troco a comida da minha mãe e da minha avó por nada que eu cozinhe no mundo.

Enfim, essa foi uma pequena nota de uma pessoa que tem aula amanhã cedo e que sofre de insônia xD
Muito mais ocorreu nesses três meses , espero que estejam dispostos a me ouvir resmungando e me surpreendendo com coisas tão simples que toda cidade grande tem.

Besitos!
Devvy


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